View Larger Map
Há poucos dias colocaram estacas de metal em alguns passeios deste bairro. Infelizmente, parece ser a única maneira de algumas pessoas não colocarem os seus carros em cima dos passeios. Mesmo assim ainda há passeios a saque dos automóveis.
Existem sempre aqueles que dizem que não há espaço para colocar os carros mas na verdade nunca haverá. Desde o início, o bairro nunca teve o mesmo número de apartamentos e lugares nas suas garagens. Para além disso as pessoas têm um fascínio pelo carro que impressiona muito a quem não o tem. O objectivo do mundo ideal seria uma pessoa um carro? O resultado desse mundo ideal já esteve mais longe e o resultado vê-se em todos os dias úteis da semana. De manhã cedo forma-se uma fila que por vezes até chega ao final da Rua Pêro Vaz de Caminha, na sua parte mais elevada. Dentro da maioria dos carros: uma pessoa, duas pessoas. Vinte minutos para chegar à Pontinha é, pelo menos para mim, demais.
Ainda que haja lugar nos estacionamentos do bairro há sempre quem prefira colocar o carro em cima do passeio só para ficar com o carro dez metros mais perto de casa. Há quem, quando tira o carro do seu lugarzinho em cima dos passeios, deixe um tijolo ou uma pedra (parece uma piada, mas isto acontece neste bairro) para que o lugar que ele acha que é dele não seja ocupado por outro como se em cima do passeio fosse sítio para se colocar um carro.
Existem lugares onde colocar o carro em cima do passeio está ao mesmo nível que cuspir no chão, por aqui não. Estacionar em cima do passeio, parar na curva tirando visibilidade a quem passa e obrigando a ultrapassagem a ser feita na faixa contrária são todos exemplos de falta de civismo. É verdade, existem outros problemas graves que temos de resolver mas como se podem resolver outros problemas se não existe respeito pelo outro, se não existe consideração pelo outro? Para mim a causa é a mesma.